O que der e vier.

 

E ela continuava em seu canto, com a intenção de não ser notada. Sem muitos amigos, um tanto que desastrada. “Menina maluca” era o nome que recebia das pessoas. Por mais que tentasse ser discreta, sua estranheza não passava despercebida por ninguém. Ela recebia olhares maldosos, de pessoas que se achavam dignas de julgá-la. Ninguém sabia o que aquela menina sentia; ninguém sabia porque aquela menina se isolava. Volta e meia era pega com um singelo sorriso no rosto e com seus pequenos olhinhos fechados. Ninguém se importava em perguntar o porquê do sorriso em seu rosto. Apenas repetiam: menina maluca; maluca menina. Mas agora eu vou te contar. A menina sorria por ele. Aquele garoto no qual ela pensava o dia todo. Ela sorria ao lembrar do sorriso dele. Esse era o motivo de seu isolamento: os seus pensamentos. A tal menina maluca se escondia de todos apenas para deixar com que seus pensamentos voassem tranquilamente de encontro ao - que ela julgava grande - amor de sua vida.